domingo, 27 de janeiro de 2013

Conheça Rudge Ramos

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Rudge Ramos, bairro que tem a alma de São Bernardo

Tranqüilidade, infra-estrutura, excelente localização, segurança e, é claro, beleza arquitetônica. Essas são algumas características que fazem de um bairro local especial de se viver. No Grande ABC, Rudge Ramos, em São Bernardo, é assim. Reúne em 4,6 km² de prédios, casas, comércios, praças e igrejas entrelaçadas por ruas, avenidas e rodovia todas essas qualidades raras e difíceis de se encontrar hoje em dia.

Prova de tamanho apreço está nos olhares, feições e palavras de novos e velhos moradores deste bairro fundado no final do século 19 pelos irmãos italianos Piagentini. Geny Montanari Nunes, 64 anos, casada com João Agostinho Nunes, 67, respira o dia a dia do Rudge há 40 anos. “Aqui criamos nossos filhos. Aqui eles estudaram (Colégio Rio Branco) e cresceram. Hoje minha filha mais velha já tem 41 anos”, relembra a mulher.

Nascida, criada e casada em Vila Alpina, Zona Leste de São Paulo, Geny lembra perfeitamente como foi parar em São Bernardo. “Fui visitar minha mãe, que morava no Rudge, e me apaixonei pelo bairro. Então, convenci meu marido e nos mudamos. Nós escolhemos o Rudge e o Rudge nos escolheu”, brinca a moradora, exaltando que hoje, além de muitos amigos na vizinhança, recebe elogios de amigas por morar em um lugar agradável.

Com relação à infraestrutura, Geny exalta o fato de o comércio ser agitado e a maioria das necessidades estar somente a alguns quarteirões. São 22 açougues, 22 farmácias, 19 postos de combustíveis, 162 lojas de veículos e acessórios, 10 padarias, entre outros estabelecimentos que somam perto de 1.200, de acordo com levantamento de 2009 da Prefeitura.

“Tudo está próximo, mas sempre tem o que melhorar”, exalta. “Farmácia, por exemplo, é um pouco distante. Sorte que sempre tivemos carros e eu dirijo até hoje”, ressalta a moradora da Rua 7 de Setembro.

O Rudge Ramos é localizado na região noroeste de São Bernardo e está a seis quilômetros distante do Centro, o que justifica, em parte, a intensa atividade comercial do bairro.

Leandro Noboru Aoi, 26 anos, morador do Rudge desde que nasceu, destaca outro ponto positivo do barro: sua localização. “Aqui estamos perto de outras cidades do Grande ABC e na boca da Rodovia Anchieta, que nos liga a São Paulo ou mesmo ao Litoral”, destaca o designer. O bairro faz limite com São Caetano ao norte, com Santo André a leste, com o bairro Anchieta ao sul (onde está sendo construído o campus da Universidade Federal do ABC) e a oeste com os bairros Taboão e Paulicéia, tendo como divisor a Via Anchieta.

O fato de estar próximo a essas localidades e ter avenidas e ruas de fácil e rápido acesso pode ter provocado o aumento de assaltos e roubos no Rudge, de acordo com Aoi. “O bairro meio que se tornou rota de fuga para os ladrões. Eu já fui assaltado três vezes e meu pai, outras duas. Conversando com amigos que moram próximos, é possível perceber, infelizmente, que os assaltos são freqüentes.”

Geny, por sua vez, não enxerga o Rudge Ramos como um bairro violento. Em sua opinião, os roubos são comuns assim como em outros bairros do Grande ABC.

TRÂNSITO


O principal problema do bairro é o trânsito. Cortado por importantes avenidas – Rudge Ramos, Senador Vergueiro, Winston Churchill, Caminho do Mar e Lauro Gomes – , o Rudge é corredor para moradores do Grande ABC e de outras cidades chegarem a São Paulo ou mesmo seguirem para o Litoral.

Nos horários de maior movimento de veículos – entre 7h e 10h – alguns pontos ficam totalmente paralisados, isso quando não acontece nada fora do programado, como a quebra de um caminhão, um acidente ou mesmo atropelamentos, algo não tão comum mas que ocorre em virtude de ser perímetro urbano.

“Parte deste tráfego intenso deve-se aos investimentos realizados em infra-estrutura, empreendimentos imobiliários e o crescimento do comércio no bairro”, acredita Aoi. “Antigamente locais que eram apenas casas, hoje são ocupados por prédios”, justifica.

Geny reclama da Avenida Senador Vergueiro. De uns tempos para cá, tem tido muitos carros. É um inferno.”

O Rudge Ramos tem 14 avenidas, 209 ruas, uma rodovia e 39 vielas e travessas.

Para Janine Ribeiro, 21, estudante de jornalismo na Umesp (Universidade Metodista de São Paulo), um dos grandes problemas é o transporte público. “São necessários mais e maiores ônibus. Estou cansada desses microônibus”, reclama a universitária que cresceu em Caconde, interior do Estado, e que mora no Rudge Ramos há cerca de dois anos e meio.

No entanto, é preciso reconhecer: no Rugde Ramos passam linhas de ônibus que ligam não apenas a outras localidades de São Bernardo, mas também a municípios vizinhos. Muitos estudantes da Metodista e da Uniban utilizam o transporte público e não são exatamente moradores de bairros paulistanos.

LAZER & EDUCAÇÃO

A qualidade de vida no Rudge Ramos é de se destacar. A começar pela quantidade de praças. São 30. E opções de escolas municipais, estaduais e particulares são vastas. São 28 instituições – grande parte municipal.

Rudge Ramos pode ser definido como uma cidade com proporções de bairro. Tem todas a qualidades que os moradores exigentes procuram, mas, assim como em quase todo
o Grande ABC, sofre com problemas estruturais que merecem a atenção das autoridades.

Consciente dos problemas, subprefeito promete melhorias

Falta de segurança e trânsito caótico. Assim como os moradores, o subprefeito de Rudge Ramos, Ramiro Meves, reconhece que estes são os dois principais problemas do bairro. Para resolvê-los e promover melhorias à população, ele promete colocar a mão na massa em 2011. “Digamos que em 2009 conhecemos os problemas, em 2010 elaboramos os projetos e em 2011 vamos partir para a ação.”

Com relação à segurança, Meves afirmou que o assunto está sendo tratado diretamente com o secretário municipal de Segurança, Benedito Mariano, e que nos próximos dias novidades deverão ser anunciadas. “Rudge Ramos tem fácil acesso para diversas localidades, o que atrai a ação dos criminosos”, analisa. “Admito que atitudes no sentido de diminuir as ações dos bandidos devem ser tomadas.”

METRÔ LEVE

As vias congestionadas do Rudge também estão em pauta. “Diversas avenidas importantes desembocam no Rudge. Entre 6h e 7h, por exemplo, a Avenida Rudge Ramos fica completamente paralisada devido à chegada dos estudantes da Metodista. O mesmo acontece nas proximidades da Uniban. A Avenida Lauro Gomes é outra que necessita de alternativas”, revela Meves.

Uma das alternativas é o Metrô Leve, projeto que ainda está no papel e sem previsão de início das obras. O subprefeito acredita que será boa alternativa, promovendo melhorias no transporte público e, consequentemente, no trânsito.

MELHORIAS

Faz parte dos planos da Prefeitura de São Bernardo revitalizar o centro dos principais bairros. E o Rudge Ramos será um dos primeiros. “Vamos melhorar a acessibilidade para os portadores de necessidades especiais. Hoje você caminha pelo bairro e tem de andar pela rua. Promover melhorias neste sentido é primordial”, explica.

O centro comercial também será retrabalhado, com a dispersão de parte do comércio informal. “Não vamos acabar com os ambulantes. Queremos apenas inibir o crescimento de comerciantes de rua e realocá-los em outros pontos. Temos de encontrar meio termo entre as necessidades dos comerciantes das lojas e dos ambulantes”, analisou.

Os moradores de rua também receberão, dentro deste projeto de revitalização, atenção especial. De acordo com Meves, atualmente entre 12 e 15 mendigos estão espalhados pelo centro do Rudge. “Queremos que eles tenham um lugar para dormir, comer, tomar banho e no dia seguinte sair à procura de trabalho”, disse.

UNIVERSIDADES

Rudge Ramos abriga duas das mais importantes universidades do Grande ABC: Universidade Metodista de São Paulo e Uniban. E estes dois centros de ensino superior têm causado problemas aos moradores das proximidades. “A quantidade de barzinhos e de pessoas que estacionam os carros com o som no último volume tem incomodado os mais antigos do bairro, que chegaram antes mesmo de as faculdades estarem lá. Vamos agir no sentido de coibir isso. Talvez com o auxílio da Guarda Municipal”, detalha o subprefeito.

Fonte: http://www.tudoimovel.com.br/News/News.aspx?idNews=4540


Principais Atrativos e de Vias de Rudge Ramos
Principais Vias de acesso Rudge Ramos

ASPECTOS HISTÓRICOS
Importante documento histórico foi encontrado na Igreja São João Batista de Rudge Ramos, durante os trabalhos de sua demolição. O achado é de uma valia inestimável, já que revela a data de fundação do bairro e os nomes de seus fundadores italianos, chegados ao Brasil, em fins do século passado. Compreende dois pedaços de papel escritos à mão, com tinta, em língua italiana, guardados em uma pequena garrafa de louça, que foi colocada cuidadosamente sob o altar mor, entre dois grandes tijolos. Os dizeres são os seguintes:
“1891 - Fratelli Piagentini, fondatore del nome e dessa chiesa di S. João, italiani, figli de Damiano e Deolinda Santini, nati a Chiossa, del Comune di Castiglioni Garfagnana, Província de Mazza Carrara. Nati: Nomi Tomaso (1862), Romualdo (1863) e Adolfo (1864). Pregatti per loro”. (1891 - Irmãos Piagentini, fundadores do nome e da Igreja São João, italianos, filhos de Damiano e Deolinda Santini, nascidos em Chiossa, da Comuna de Castiglioni Garfagnana, Província de Mazza Garrara, nascidos - Tomaso (1862), Romualdo (1863) e Adolfo (1864). Rogai por eles).
E ainda: “Ordem diplomática dos irmãos Piagentini: Tomaso, nascido no ano de 1862; Romualdo, nascido em 1863; Adolfo, nascido em 1864; italianos, nascidos em Chiozza, filhos de Damiano e Deolinda Santini, da Comuna de Castiglioni, Província de Mazza Carrara os quais por um dom de Deus (sic) e suas vontades quiseram fundar este bairro com o nome de São João da Boa Vista 1891, Piagentini Tomaso e irmãos. Rogai por eles”.
Os irmãos Piagentini saíram da Itália em 1885 a bordo do navio Jawa, aportando no Rio de Janeiro três meses depois. A demora foi motivada por uma avaria na hélice, em alto mar.
Estabeleceram-se, inicialmente, em São Paulo, de onde mudaram para São Caetano, instalando ali uma padaria que se traduziu em próspero negócio. Com os proventos financeiros que dele advieram, puderam adquirir do Governo três Colônias, no lugar que então se conhecia como Pasto dos Meninos, e fundaram a Vila denominando-a, como vimos pelos documentos transcritos, de São João da Bela Vista. Arraigados por forte espírito religiosa levantaram ali a Igreja de São João Batista, dando início a uma perfeita obra de pioneirismo e colonização. Os sinos de bronze da igreja foram também modelados pelo mais velho dos Piagentini, Tomaso, e neles podem se encontrar as seguintes inscrições: “São João da Bela Vista” e “União faz a força”. Esta última revela aquilo que foi sempre uma constante na vida dos três irmãos: UNIÃO.
Coube-lhes o privilégio de terem construído a primeira casa de tijolo na região que forma hoje o progressista bairro Rudge Ramos. A história do bairro, agora esclarecida, legará seu nome a sua obra à posteridade.
Em 1962, Rudge Ramos estava ganhando nova Igreja e a população local assistia à demolição da antiga capela do bairro, do outro lado do largo São João Batista.
A derrubada da velha capelinha de Rudge Ramos estava gerando enorme expectativa naquele início de 1962. Procurava-se uma garrafa de louça com vários documentos importantes que um dos irmãos Piagentini escondeu durante a construção da capela em fins do século passado.
O velho mapa, comparado com mapas atuais, mostra um Rudge Ramos bem diferente. Aparece, no velho mapa, ao lado da Via Anchieta, entre Rudge Ramos, Paulicéia e Taboão, uma grande represa, hoje já extinta mas que, até algum tempo, era uma das principais atrações da ex-chácara de Lauro Gomes de Almeida.
Dr. Arthur Rudge Ramos, pessoa muito rica e respeitada, resolveu arrumar a Estrada do Mar, que passava no bairro (ligando São Paulo a Santos). Para isso conseguiu que o Governo liberasse vários presos para fazer o serviço.
Pronto o serviço, o Dr. Rudge Ramos colocou dois pedágios na estrada: um perto da antiga capelinha e o outro perto do cemitério de Vila Euclides. Quem não quisesse pagar o pedágio precisava ir pela Estrada do Vergueiro, que era quase intransitável.
Com relação ao nome Meninos, o primitivo nome de Rudge Ramos, não há uma conclusão definitiva sobre a sua origem. Há duas versões conhecidas. A primeira apresentada: suspeita-se que o território do atual Bairro Rudge Ramos, na região da Vila Vivaldi, viviam três meninos órfãos, e que talvez fossem antepassados dos Camargos, proprietários das áreas, e que eram visitados freqüentemente pela população de São Bernardo, para dar assistência e levar presentes. Outra versão: o secular pouso dos tropeiros de Rudge Ramos teria sido uma espécie de orfanato onde eram internados órfãos de alguns Bandeirantes.

VILA VIVALDI

A Vila Vivaldi tem origem no sítio dos Camargos, constituída de uma área emancipada, não fazendo parte da Fazenda dos Frades Beneditinos. Toda essa área pertencia ao Sr. Agenor Camargo Filho, que por volta do ano de 1930, fez um loteamento em chácaras no Bairro dos Meninos à margem da estrada do Vergueiro, com o nome de Vila Camargo, e logo colocou à venda.
Determinadas quadras dessa vila foram compradas por chacareiros, outras após pertencerem a particulares foram reloteadas, dando origem a novas denominações (Vila Antonieta, propriedade do Sr Clóvis Joly de Lima, aprovado através do processo nº 3347/57 e Jardim Orlandina que pertencia à Companhia City Paulista de Melhoramentos, a responsável pelo loteamento, que através do processo nº 7458/62, foi aprovado pelo decreto nº 725, em 14/12/1964).
Os remanescentes dessa grande Vila Camargo (quase com 2000 m2), foram vendidos para a imobiliária Itaguassú S/C, de propriedade do Sr. Alberto Goethe Assumpção e outros, reloteada e aprovada em 21/01/1950, através do processo nº 124/50, com o nome de Vila Vivaldi.
A Vila Vivaldi constituía-se numa das primeiras ocupações da margem do Rio dos Meninos, com loteamentos urbanos em SBC surgindo daí o aparecimento dos primeiros problemas relacionados com enchentes.
Como medida de prevenção promulgou-se uma lei obrigando que as construções fossem edificadas um metro acima do nível normal em virtude de ser a região sujeita a inundações. Mais tarde, a Prefeitura executou galerias, elevou o nível das ruas e consequentemente os lotes dos interessados.

VILA MUSSOLINI

Poucos moradores conhecem esta região de São Bernardo, entre a Vila Anchieta e a Avenida Senador Vergueiro, por outro nome que não Vila Mussolini. Uma região de Rudge Ramos localizada em área elevada e sem maiores problemas urbanos.
Na Prefeitura não existe o processo de loteamento da Vila Mussolini, já que o Bairro foi loteado antes que existisse qualquer legislação regulamentando a matéria. O que existe nos arquivos municipais é uma planta da Vila, datada de 1924. A planta mostra que a Vila foi loteada por João Daprat. Ainda assim não se sabe se toda a área da Vila Mussolini pertencia ao loteador.
Em 1947, a Vila Mussolini estava ganhando dois loteamentos vizinhos: a Vila Caminho do Mar, loteada por Natalia Bugaertti, e Vila Mariza, loteada por Abrão Calux.

VILA NORMANDIA

Os irmãos Haddad, de São Paulo, lotearam a chácara de Maurice Jacquey, no coração de Rudge Ramos. Nome escolhido: Vila Normandia. Hoje as ruas do Bairro, várias delas, tem nomes lembrando a família Jacquey.
VILA JAÚ
A Vila mais antiga de Rudge Ramos chama-se Jaú. Fica junto à Rua da Represa, que é a mais aberta, por iniciativa da família Angeli, nos anos 50.

Lei nº 17 de 15/02/1947 - denomina Bairro Rudge Ramos

Bens Tombados
Edifício Alfa do Instituto Metodista de Ensino Superior (atualmente UMESP)
Características: Tombado pelo Conselho Municipal do Patrimônio Histórico e Cultural de São Bernardo do Campo (COMPAHC).
Endereço: Rua do Sacramento, 230
Nº. Processo: Nº 2663/87
Tombamento: Lei nº 2.927, de 09/09/87
Fontes: Folha de São Bernardo - 11/12/1962
São Bernardo, Seus Bairros, Sua Gente - Cadernos Históricos I - Ademir Médici - 1981
Jornal Domingo em São Bernardo - 01/02/1987
Seção de Pesquisa e Banco de Dados – SA.212 - PMSBC

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